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domingo, 28 de outubro de 2012

OLHOS RAROS



OLHOS RAROS

Carolina Freitas

O que querem
Ver esses olhos?
Tudo?
Goiaba?
Jabuticaba?
E
Não
Acaba
A beleza
Que põe
Mesa
Desses olhos
Fartos
Raros, Claros
Emoldurados, Amados
Bibelozados, Misturados
Desejados
Dentro
E
Fora
De mim

SENTIDOS CONTIDOS



SENTIDOS CONTIDOS

Carolina Freitas

Feche
Os olhos
Veja
Tape
Os ouvidos
Escute
Feche
A boca
Fale
E cale
Suas mãos!


A FILA



A FILA

Carolina Freitas

É grande
A fila
Filha?
É longa
A fala
Falha?
É certo
O encontro
Com
Um outro
Que segundo
Ele
Demorou no céu
Se escondeu
Ao léu
E enfim
Desvendou o véu
Ao encontro
De
Mim!


A ESPERA




A ESPERA

Carolina Freitas

A câmera
Fura a superfície
Infértil
O olho
Desliza
Na superfície
Infértil
A tela
Passa o filme
Na sala de espera
Que tenta
Mas erra
Insucessivamente
Não fertiliza
A
Terra!


IMPERMANÊNCIA



IMPERMANÊNCIA

Carolina Freitas

No vazio
Tudo
Na dor
Feto
Sem teto
Sem chão
Meditação
Nas nuvens
Que passam
E vão
E vem
E vão
Vem
E
Vão...




PARAPEITO



PARAPEITO 

Carolina Freitas 

Volta pro céu
Se cobre no véu
E na burca
Turca
Se busca
No mergulho
Da Urca
Sua
Morada


BUDA



BUDA

Carolina Freitas

Busca interna
Entra capela
Bela
De sentinela
Espera
Sem tela
Nem vela
Apenas
Ela
Na tela
Cancela
A sessão
Não vai de avião
E se vai
Esvai
No vão
Em vão...




CASA DOS ESPELHOS



CASA DOS ESPELHOS

Bento Francisco

Mamãe
Olha
Quantos Bentos
Tem pra você cuidar
1,2,3,4
Ufa!
É melhor
1 mamãe
Só eu! 




POWER MÃE




POWER MÃE

Carolina Freitas

Bob Mãe
Bat Mãe
Fica Mãe
Spider Mãe
Fala Mãe
Rex Mãe
Ben Mãe
Cala Mãe
E
Volta
A ser
Power
Na
Veia
Da teia!


LACUNA



LACUNA

Carolina Freitas

A lacuna
Não dá conta
Do vazio
Do vácuo
Que transborda
E cai
No abismo
Diferente
Das magias
Dos cartoons
Ela
Morre!