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sexta-feira, 3 de julho de 2020

A política ambiental da Rainha Louca

A política ambiental da Rainha Louca

Robson Matos


A Rainha Louca nunca teve um projeto para o Brasil, tanto que se recusou a participar de qualquer debate durante as eleições. Seu projeto era implementar o ódio e seguir uma linha estúpida de combater algo que jamais existiu no Brasil: o comunismo.

Eleito com as bandeiras do combate à corrupção, crescimento econômico, antipetismo, ódio e exploração da Amazônia, a Rainha Louca só obteve sucesso nos dois últimos objetivos. A sociedade brasileira está mais racista, mais intolerante, a cada dia falta-nos empatia e nossas florestas estão mais destruídas que nunca.

O que os inquilinos do Palácio do Planalto, da Esplanada dos Ministérios e o Presidente da Câmara, Rodrigo Maia, parecem não perceber é que essa forma de conduzir o país através do ódio e da destruição ambiental afeta todos os setores da Economia.

O Brasil sempre foi um país do entendimento e o Itamaraty sempre atuou na busca de uma solução pacífica para os conflitos mundiais. Por exemplo, em 2009, o Presidente Lula foi o primeiro líder da América Latina a ser recebido por Barak Obama, depois da posse do Presidente estadunidense. Dentre os pontos em pauta estava o conflito entre os EUA e Hugo Chávez e o Brasil atuou como um mediador. O Brasil passava a ser um dos atores principais no debate da política mundial. Lula é elogiado por Obama na reunião do G-20 e Gilberto Gil forma uma banda com Kofi Annan na Assembleia Geral da ONU.


Na última década, o Brasil passou a falar de igual para igual com os EUA e buscar a unificação política e comercial com a América Latina. As participações no G-8 eram constantes e o Brasil sempre com o discurso de uma solução pacífica para os conflitos no Oriente Médio. O Brasil passa a ser respeitado mundialmente na questão ambiental e mostrava para o mundo que as nossas florestas estavam a salvo.


De repente, não mais que de repente, pela vontade daqueles que, por ódio ao PT, o Brasil passa a ser conduzido por um despreparado. E o que é pior, esse despreparado tem como guru um charlatão que vive na Virgínia – EUA. Esse terraplanista indica então aquele que começa a destruir a política externa brasileira, outrora respeitadíssima.

Para o Itamaraty, o charlatão da Virgínia consegue emplacar Ernesto Araújo, que com algumas semanas no cargo passa a ser reconhecido como o Ministro das Brigas Exteriores. Com a chegada da pandemia da Covid-19 ao Brasil, as trapalhadas da República da Rainha Louca aumentam. Dudu Bananinha e o Bobo da Corte, seguindo o caminho do Presidente Trump, culpam a China pela doença. O Embaixador da China condena com veemência a publicação do Dudu Bananinha e a Rainha Louca liga para o Presidente chinês se desculpando. Segundo o Ministro das Brigas Exteriores, em entrevista a um programa do SBT no dia 29 de março, o episódio havia sido superado.



Observe que o Embaixador diz que o mundo inteiro estava discutindo as origens da doença. Bom, não é bem assim! Na realidade, apenas o Presidente Trump estava condenando a China. Mas ele continua tentando disfarçar e diz que o pensamento do Dudu Bananinha não reflete o pensamento do governo. Ele parece faltar com a verdade ao dizer que eles estão tentando melhorar a relação com a China. Você que acreditou, deve ter caído do cavalo com essa postagem do Ministro das Brigas Exteriores no Twitter:


A Rainha Louca, que ligou para se desculpar com o Presidente da China, seguiu os caminhos do Presidente estadunidense e ameaçou tirar o Brasil da OMS. No entanto, o Presidente esquece que o Brasil é um dos maiores devedores da OMS.


O Brasil, que havia se imposto como ator importante no cenário internacional, volta a ser um país subserviente aos desejos dos EUA.


Chegamos a ponto de ter um Deputado Federal fazendo campanha para a reeleição do Trump. Um patético Deputado Federal que achou que saber “fritar” um hambúrguer seria suficiente para lhe catapultar ao cargo de Embaixador em Washington. Mas, ele é tão bobinho! Primeiramente os estadunidenses não “fritam” hambúrguer e em segundo lugar, a rede de lanchonetes na qual ele trabalhou não comercializa hambúrguer.


No ano passado, por conta das queimadas na Amazônia, a República da Rainha Louca sofreu muita pressão e ameaças de Chefes de Estado. Macron foi um deles e ameaçou internacionalizar a Amazônia e em seguida ofereceu ajuda do G-7, então presidido por ele.


A Rainha Louca, de uma maneira infantil e tosca retrucou o delírio de Macron e abriu uma crise internacional. Em uma postagem nas redes sociais a Rainha Louca sugere que a mulher de Macron – Brigitte Macron – é feia e por isso ele ataca a política brasileira.


O patético Presidente brasileiro ainda tenta negar o que disse, no seu tradicional cercadinho, que aliás, de lá sumiu desde a prisão do Queiroz! Deve ser medo de perguntarem a ele o paradeiro da fugitiva mulher do Queiroz. Além disso, ele exige que Macron retire os insultos para que o Brasil receba a ajuda oferecida pelo G-7! Hummm?


O sem noção Tchutchuca parece não perceber que a destruição da floresta amazônica afeta a economia brasileira e reafirma o que a Rainha Louca havia dito sobre Brigitte Makron.


Obviamente, a parte da sociedade brasileira que ainda tem noção de que é importante para o Brasil manter uma excelente política de Relações Exteriores prestou apoio, através das redes sociais à gentil Brigitte Macron, que se sentiu lisonjeada.


Nesse tosco acontecimento, sobrou até para o Leonardo DiCáprio, que nas palavras da Rainha Louca estava “tacando fogo na Amazônia”.

Como é típico de todo e qualquer incompetente, a Rainha Louca terceirizou a culpa e exonerou o respeitadíssimo cientista Ricardo Galvão, sob a alegação de ele estar divulgando dados falsos sobre a Amazônia.

Em algum momento, a Rainha Louca e seus Ministros ideólogos pensaram a respeito do acordo comercial Mercosul – União Europeia? Esse acordo foi negociado por duas décadas e, finalmente, em 2019 conseguimos vencer o lobby dos agricultores franceses, que insistiam em lutar contra essa cooperação entre os dois continentes.

Para que passe a valer, o acordo precisa ser ratificado por todos os países membros, tanto do Mercosul quanto da União Europeia. Se já tínhamos problemas com as queimadas da Amazônia no ano passado, começamos a assistir o agravamento da situação em função da política ambiental sendo conduzida pelo atual governo brasileiro.

O atual Ministro do Meio Ambiente faz parte do chamado grupo ideológico da República da Rainha Louca. Ele é um daqueles Ministros considerados “incaíveis”, já que conduz uma política de acordo com o que pensa o Presidente, ou seja, a exploração das terras indígenas e o desmatamento em prol do desenvolvimento. Essa é uma ideia tão retrógrada quanto o próprio Presidente. Salles é ligado aos ruralistas que ainda têm o pensamento no século XIX e são representados por Nabham Garcia.

Para agravar ainda mais a situação, o discurso do Ministro do Desmatamento na fatídica reunião do dia 22 de abril foi traduzido para várias línguas, como era de se esperar, e a “passagem da sua boiada” gerou reações terríveis para o comércio exterior brasileiro.


A primeira reação veio do poderoso consórcio de varejistas britânicos – British Retail Consortium (BRC) – ao anunciar que poderá tomar medidas de retaliação contra produtos brasileiros, caso o PL da grilagem não seja retirado de análise. O BRC reúne 96,8% dos varejistas britânicos e estão cobrando a retirada do PL para poder continuar adquirindo commodities produzidas com responsabilidade para o mercado britânico e internacional.

Logo depois, foi a vez do Comitê de Assuntos Tributários da Câmara dos Deputados dos EUA se opor ao plano do governo Trump na expansão de laços econômicos com o Brasil. Segundo os membros do Comitê isso se deve ao fato de o governo brasileiro, sob o comando da Rainha Louca, insistir no desrespeito aos direitos humanos e continuar com uma política ambiental de destruição das florestas.


O Parlamento da Holanda rejeitou ratificar o acordo da União Europeia com o Mercosul. Outros países devem seguir o mesmo caminho, principalmente no momento atual. Os Partidos Verdes europeus têm crescido muito nos últimos anos. No caso específico da França, os verdes venceram as eleições municipais em inúmeras cidades, incluindo várias de porte grande. Essa onda verde francesa será um grande obstáculo para que o Parlamento Francês ratifique o acordo Mercosul – EU.


Ao participar da última Cúpula do Mercosul, a Rainha Louca continuou na mesma cantilena de reformas do Tchutchuca, falou em investimentos externos e disse que existe uma visão distorcida do Brasil.


Ao que parece os únicos que insistem de que o mundo tem uma visão distorcida do Brasil são a Rainha Louca e seus Ministros ideológicos. É preciso que se entenda que o monitoramento do desmatamento e/ou queimadas na Amazônia não é mais um privilégio do Governo Brasileiro, como era na época da Ditadura. Hoje é impossível que esses dados sejam escondidos, haja vista as inúmeras empresas que realizam monitoramento através de satélites.

O Brasil só será capaz de atrair investimentos internacionais e assinar acordos comerciais a partir da queda desse Governo esdrúxulo. Uma alternativa paliativa seria a queda do Ministro do Desmatamento e do Ministro das Brigas Exteriores.


Sem isso, ficaremos a ver navios e a nossa floresta sendo destruída!







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