Pesquisar este blog

quinta-feira, 31 de maio de 2012

LUTO EU

LUTO EU
Robson Matos

Lutei
Fui
Acreditei
Amigos
criei
driblei
inflamei
apaziguei
decepcionei
Lutar?
Abandonar?
Voltar a acreditar?
Será?
Por que não?
Lutarei
Idealizarei
Frustrarei
Enfrentarei
decepcionarei
Mas, o sonho jamais perderei.

CALABOCACALADA

CALABOCACALADA
Carolina Freitas


Epiderma
Minha pele
Tatuagem
Fragiliza minha língua
Linguagem
E fala
Com a boca que cala!

A BOCA DE BECKETT


A BOCA DE BECKETT
Carolina Freitas


Louca
Boca
Que toca
A touca
Por cima
E sem freio
Chove
Na seca
Do abrupto corte
Lapso de morte
Que sorte!

ORGANI CIDADE

ORGANI CIDADE
Carolina Freitas


É orgânico ir
Inorgânico fugir
É orgânico o ser
Inorgânico o ter
Na organicidade
Das coisas
Me faço
Inorgânica
Mecânica
Inoperante
Desconcertante
No pouso
Do cavalheiro
Errante

LUTO

LUTO
Carolina Freitas

Duro
Luto
Enlata
O luto
No duto
Viaduto
Sem
Passarela
E
 Ela?
Cadê ela?
Me esperando
Na janela?

quarta-feira, 30 de maio de 2012

REFLUXO

REFLUXO
Carolina Freitas


A comporta
Do fluxo
Refluxa
Repulsa
Expulsa e pulsa
O engolir
Acidifica
O frescor
Do dormir

LINGUAGEM INTRO METIDA

LINGUAGEM INTRO METIDA
Carolina Freitas

A Linguagem
É meta
E se mete
Metidas
Palavras
Embevecidas
De si

EVASÃO


EVASÃO
Carolina Freitas


Eu evadi
Fugi
Menti
Sorri
Logo
Chorei
Dancei
Lembrei e esqueci
Sofri
E saí de mim
Cadê eu?

META MATE OU LINGUAGEM EM SI MES MA DA

META MATE
OU LINGUAGEM EM SI MES MA DA
Carolina Freitas


Lingua age
Linguagem reage
Língua escreve
Escriba a escrita
Se auto falam
As palavras
E a meta linguística
Estica até
Romper
Irromper
E faz o poema nascer

Ou
 E a meta linguística
Estica as pernas
Das letras
Que forram o chão
Do poema

VAZIO PLENO

VAZIO PLENO
Carolina Freitas

Debutando
Botei as botas de fora
As asas pra dentro
E num vôo
Suspenso
Sem cinto
Planei
Balzaqueando
Parei
Olhei
E no vazio
Da vacuidade
Sem idade
Verdes olhos
Verdade
Flertei

terça-feira, 29 de maio de 2012

Um ano de amor

Um ano se foi
desde que meu coração disparou
Um ano se foi
desde o beijo grande que veio
Um ano se foi
desde que o reencontro ocorreu
Um ano se foi
desde que o sms chegou
Um ano se foi
desde que amiga partiu
Um ano se foi
desde que o anjo chegou
Um ano se foi
desde que o amor começou chegar
Um ano se foi
desde que o filhote deixou
Um ano se foi
e o amor chegou
e ficou
Um ano de amor que marcou

Uma singela homenagem à minha linda namorada Carolina Freitas

sábado, 26 de maio de 2012

SEMANADANADA

Carolina Freitas e Robson Matos




Domingo

Vem

 Segunda Jaz

 Jazz

Terça  azul

Costa Azul

Blues

Quarta

 Pede

Fica

Estica

Quinta

Despede

E

Baixo

Pede

Não

Chora

Devora

A hora

No

Oásis

Da

Sexta

Que

Chega

E

Cessa

O

Sábado

 Fecha

É

Festa!

sexta-feira, 25 de maio de 2012

PIQUE ESCONDE

Carolina Freitas



Trilha
Para
De se esconder
Nos meus sonhos
Vem  a tona
Vem num átomo
Que
Eu te acho


À Trilha querida

AS TRÊS IR-MÃES

Carolina Freitas

Não é Tchekov

Mas

São 3

Não é Tchekov

Mas tem vez

Tem

Voz

E

Nós

Éramos

3

Não 6

Agora

Duo

Nu


Flácido

Plácido

Pavarotti

Opera

Essa

Ópera

Sem Fim

E trás de volta

A

Soprano

Que

Partiu

Assim

E

Fim

À minha linda irmã, que tanta falta nos faz!

EPIDERME

Carolina Freitas



Dorme
Na minha derme
Epiderma a minha pele
Entra
E fica
Nas camadas
Retifica
Restaura
E
Recolhe
Se encolhe
E
Me acolhe
E
Olhe
Pra
mim

AQUILO QUE ESCAPA PELOS DEDOS

Carolina Freitas



A vida vaza
Escorre
Pelos dedos
Pelas linhas
Entrelinhas
O novelo
Não tece os retalhos
Da teia
A agulha fura
A tecitura
Perfura
A alma
Em palavrada
Em corporada
De mim

SILENCIANDO

Carolina Freitas



Por isso calo
Falo
Por isso
Olho
Recolho
Caolho
Fico
Critico
O excesso
De barulhos vazios

SONO

Carolina Freitas



Dormir
Pra
Que?
Sentir
O que?
Nos braços
de um  Morfeu
adormecido
que não me vê?
Pra que?

AMALGAMADA

Carolina Freitas




A tatuagem
Simbiótica
Toca a pele torta
Lisa
Desliza
Alisa
O corpo
Bruto
Quer
Se eternizar
Ficar
Perfurar
Com o nanquim
De amar

QUINTA FEIRA

Carolina Freitas


Véspera
Dói
Tempo
Corrói
Dia
Que tarda
Noite
Maltrata
E
 Chega
A hora
Do
Agora
Poltrona
1
1001
1001
Adeus em 1

AMORBSURDO

Carolina Freitas


Ouvidos surdos
Olhos nublados
Boca seca
Fala
Cala
Carolina
Cala
E
Ama
Chama
Clama
Na
Cama
E
Vira
de
Lado
Sem
Drama
E
Ama
Per – dama

PONTO CEGO

Carolina Freitas


O olho
Foca
Retina
Retrai
O olho
Retrata
Na lata
Enquadra
Distorce
Torce
Retorce
Desencontra
         Miopia
Que cega
Quer ver
Mas
Nega!

FRACSO OU LAPSO FRACIONADO

Carolina Freitas e Robson Matos



Filha parte
Reparte
Filho chega
Aconchega
Irmã vai
Se esvai
Irmão vem
Quem?
Amante esvai... ai...
E o anjo entra
Em cena
Adentra
Acena
Sem pena
E trás lá de trás
O amor antigo
O elo repartido
Em um adeus
Restituído

À quatro mãos para o  nosso anjo querido Trilha!

6:30

Carolina Freitas




Uma  e meia
2 e ½
3 e meia
IV e ½
5 e?
Meia
E
Beira
A hora
 De tirar
As
Meias
E ir
Dever
E
Devir

DESMARAVILHA EM 3D OU IN CURSÃO EM VARGINHA

Carolina Freitas



No ato
Teatro
No chão
In - cursão
Ex – tensão
De um
Lapso
Abdução
E o relógio
Do coelho  da
Alice
Em ação!
Alice
A – lição...

MORFEU SEM BRAÇOS

Carolina Freitas



Trilha
Desce redondo
Sai do escombro
Volta pro ombro
E
me
 levanta
 Do tombo
Me
faz
descansar
sem
pensar
nem
piscar
com
ar.

Ventre

Carolina Freitas



Bento
menino
Do tempo
Cabelos ao vento
Quanto tempo
Bento
Te espero no vento?
Lapso.
No ventre
Entre
Há ventre!
Adentre...

IN MENTE

Carolina Freitas




A luva toca
O toco sente
O toco muda
A luva surda
O surdo vê
O olho ouve
O cego sente
E
Mente
In mente
Indecentemente

IN TERRA

Carolina Freitas

Minha
 Música
 interna
é terna.
In - terna.
Minha
Música
interna
é terra
Enterra
Minha
música
interna
é só
soterra
 E desterra
En - fim a terra
Sem terra.

sexta-feira, 18 de maio de 2012

Corpo empalavrado

Carolina Freitas 
ANCAS DANÇAM
BOCAS LINGUAM
OLHOS TAPAM
 BRAÇOS TRAVAM
BARBAS ROÇAM
LIVRE É O OLHO




Poema de autoria da minha linda namorada usado na apresentação durante o curso de extensão de teatro da UNIRIO-Macaé.

Uma homenagem à linda Patrícia


 Uma grande amiga me mandou o texto a seguir, em homenagem a uma outra grande amiga que decidiu nos deixar, de forma muito apressada, no último dia 26 de maio de 2011. Achei o texto lindo e decidi pedir-lhe autorização para publicar em meu blog. 
Um beijo à minha amiga Simone (autora deste texto) e à minha eterna cunhada Patrícia!

 
No dia 26 de maio de 2011 em uma quinta feira, durante meus atendimentos na parte da tarde, surgiu está linda borboleta que entrou em minha sala e ficou sobrevoando sobre mim, tentei colocá-la pra fora sem machucá-la, mas não consegui e nem tive muito tempo para isso, pois estava trabalhando. Ela ali ficou nos encantando e dali não saiu mais até descansar pra sempre. Fiquei tão tocada com o ocorrido que resolvi colocá-la em minha agenda marcando aquele dia. Três dias depois recebi a notícia por minha irmã que uma amiga maravilhosa e valiosíssima em minha vida, havia nos deixado. Nossa foi desolador e ao mesmo tempo inacreditável pra mim. Passaram-se os dias e fui trabalhar pensando no que havia ocorrido e ao abrir minha agenda, abri exatamente no dia 26 de maio, e achei muito lindo e simbólico a borboleta azul ter aparecido e me sobrevoado naquela tarde exatamente no mesmo dia em que ela nos deixou. Deixou muita saudade. Toda vez que vejo a borboleta, pois ela está comigo sempre e continua linda ainda e intacta, penso em ti Patrícia Freitas Pereira, esta borboleta azul significa toda a beleza do amor, do carinho, da amizade, da bondade, da verdade, da sinceridade, da força de seu caráter e integridade como pessoa. Este ano vai completar um ano que você nos deixou, mas digo sempre que te amo e vou te amar por todas as nossas vidas. Pois você fez a diferença foi e é especial. E esta borboleta vai ficar comigo até eu também partir e trilhar por outras dimensões. Aqui fica minha singela homenagem.

Simone Pyll

Cultura popular
A borboleta é considerada um símbolo de ligeireza e de inconstância, de transformação e de um novo começo. A psicanálise moderna vê na borboleta um símbolo de renascimento.
No Japão, a borboleta é um emblema da mulher, por ser graciosa e ligeira. A felicidade matrimonial é representada por duas borboletas (masculino e feminino). Essas imagens são muitas vezes utilizadas em casamentos. A metamorfose das borboletas é simbolizada da seguinte forma: a crisálida é o ovo que contém a potencialidade do ser e a borboleta que sai dele é um símbolo de ressurreição. Também pode ser vista como a saída do túmulo.
O termo grego psyche tinha dois significados originalmente. Um deles era alma e o outro, borboleta, que simbolizava o espírito imortal. Na mitologia grega, a personificação da alma é representada por uma mulher com asas de borboleta. Segundo as crenças gregas populares, quando alguém morria, o espírito saia do corpo com uma forma de borboleta.