ROTINA
Robson Matos
Timidamente o sol ilumina a cidade.
Mas, como se já houvesse despertado há muito,
a cidade se agita.
Buzinas, sirenes, passos apressados.
O cotidiano do caminho para o trabalho.
A menina ruma para a escola em passos lentos.
O moço na bicicleta parece atrasado.
A moça parece não querer entrar no ônibus
e ardorosamente beija o namorado.
Observo o vai e vem dos carros,
Observo a aflição das pessoas para atravessar a rua.
Anônimos, eles seguem.
Seguem para fazer uma cidade.
Silenciosos, eles caminham.
Caminham para construir nosso dia.
Pena! Ninguém se lembrou de balbuciar,
para o transeunte ao lado,
um simples Bom Dia.
Tudo virou rotina.
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