Robson Matos
Este texto é uma singela homenagem a um aluno que jamais sairá do meu coração.
Esta história foi um exemplo para mim do que deve ser valorizado dentro de sala de aula.
Não citarei o nome. Todos sabem quem é. Inclusive ele.
Lógico que não é o único que mora no meu coração!
Cada um dos meus alunos continuarão morando dentro do meu coração.
Tenho espaço para todos.
Lá estava eu frente a uma turma bem grande (aproximadamente 80 alunos) assumida no meio do semestre, fatores complicados para uma nova estreia. Tratávamos de configuração eletrônica e sua conexão com a tabela periódica. Ah um assunto, a meu ver, extremamente fascinante. Colocado de forma clara, o assunto provoca um imenso fascínio nos estudantes. Eles descobrem que nada precisa ser decorado! Esta era a minha intenção! Precisava trazer ao máximo os alunos para o assunto! Até porque era uma aula do último horário noturno. Alunos cansados loucos pela chegada o horário de voltar para casa. Alguns deles tendo que viajar quilômetros antes de poderem recostar em suas camas aconchegantes e dar o dia por findo.
Após explanar tudo, ou quase tudo, sobre configuração eletrônica, passei à tabela periódica. Tomado pela ansiedade, que aqueles mais próximos a mim já conhecem, fiz a seguinte pergunta:
- Então, quantos elementos têm no primeiro período?
Ah! Em frações de segundos veio a resposta. Ah, detalhe, ela não foi dirigida a mim:
- Ai gente, o pessoal do primeiro período levanta a mão por favor! O professor quer saber quantos somos!
Não sabia o que dizer. Não sabia como reagir. Abaixei a cabeça para refletir por alguns segundos e nada me restou a não ser dar gargalhadas.
Lógico, minha pergunta não foi bem formulada! A piada é velha! Diria até muito velha! Mas acho que o que conta é o momento. Não posso dizer que a pergunta foi infeliz. Muito pelo contrário. Acho que a pergunta foi muito feliz. Feliz no sentido de ter dado a oportunidade de eu como professor permitir uma maior proximidade com meus alunos.
A resposta? Ah com certeza uma resposta inteligente e perspicaz. Uma resposta capaz de realçar o que a universidade deve mais incentivar em seus estudantes - a criatividade e a liberdade de expressão. São estas duas palavrinhas mágicas que somadas com o corpo docente, com o corpo de técnicos administrativos e com o corpo discente resultam em uma instituição de ensino forte.
Até então, se quer era capaz de lembrar o nome deste aluno, tanto que me dirigi a ele de uma maneira bem mineira:
- Aqui, ô flamenguista!
Neste momento ele respondeu com uma voz um pouco trêmula e apreensiva:
- Sim professor, desculpe-me!
Então, comecei a rir mais ainda e lhe disse:
- Não quero que peças desculpa. Quero lhe parabenizar. Minha pergunta não foi bem formulada e você foi muito inteligente na resposta.
Tempos depois, este aluno me disse que achou que eu o expulsaria de sala naquele dia.
Disse-lhe:
- Lhe expulsar de sala seria o mesmo que assinar meu pedido de exoneração, pois estaria demonstrando a minha total incapacidade de valorizar a criatividade e a liberdade de expressão.
hauahuahuahauhauha
ResponderExcluireu lembro desse dia!
eu levantei a mão! hauahuahaua brincadeira!
ri pra caraca tb! hauauhaua
Mas de início lógico q ficamos apreensivos com sua reação! hauahuaha
Adooooro! Uma comédia!
Beijooos!
obs.:oh,eu sou flameguista tb,hein!rsrs
caraca, professor.. chorei lendo isso!
ResponderExcluiradoreiiiiii
mt obrigado....
caraca, awe sem palavras....
vlw mesmo!
Lembro exatamente do ocorrido...
ResponderExcluirMas quem estava com a camisa do Flamengo, o Hugo ou eu?! rs
Diego Grijó
Isso demonstra a pessoa sensível que você é...
ResponderExcluirTenho certeza que logo no primeiro instante...
A turma toda te admirou...
Não é à toa que você é privilegiado...
Um cara diferente...
Muito diferente do que eu pensava mesmo...(rsrs)
Me desculpe se algum dia ficou magoado comigo...
Mas hoje conheço o verdadeiro Robson...
Um professor amado...
Um amigo maravilhoso...
Um pai exemplar...
Um abraço...
Sucesso!!!
Sara.
esse foi o melhor post de todos os blog do século XXI
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