Bobo da Corte, tire a mão da nossa Universidade!
Robson Matos
Do ostracismo vim, ao ostracismo voltarei!
(Weintraub 10:06)
O Bobo da Corte, desde que assumiu o Ministério da Educação, tem
mostrado todo seu despreparo na condução da pasta. Ao longo deste texto
mostraremos todas as sandices já cometidas pelo Ministro da (des)Educação ao
longo de pouco mais de 1 ano à frente do MEC.
O Bobo da Corte desonra o posto outrora ocupado por nomes como Gustavo
Capanema, Clóvis Salgado, Darcy Ribeiro, dentre outras inúmeras personalidades com forte
conhecimento na Educação e/ou Cultura – até a redemocratização do Brasil, a
Cultura fazia parte do MEC. Mesmo durante a ditadura, a principal cadeira do
MEC foi ocupada por nomes que defendiam as Universidades, afinal, o Exército
Brasileiro tem a sua formação baseada no iluminismo.
A Rainha Louca, expulsa do Exército por atos
terroristas, baseia-se no obscurantismo.
Talvez, por basear-se no obscurantismo
e no negacionismo, a Rainha Louca
ainda mantenha esse pária no MEC. O Bobo da Corte é um ser despreparado,
desprezível, desrespeitoso – melhor parar por aqui. Falta-me um adjetivo único para
descrever toda a repugnância por ele. O texto pode ficar muito grande se eu
insistir em qualificá-lo completamente e adequadamente.
Não obstante todas as evidências que pairam sobre o Bobo da Corte, ele
continua prestigiado pela Rainha Louca. Não ache aqui que o termo “prestigiado”
tem o mesmo “significado” de quando usado no futebol. Ele está prestigiado no
sentido de abalizado. O Bobo da Corte está se tornando um Emérito na República
da Rainha Louca. Tanto que ele foi premiado com uma Medida Provisória – MP – para
promover uma intervenção nas Instituições Federais de Ensino.
O texto da MP diz:
“Não haverá processo de consulta à
comunidade, escolar ou acadêmica, ou formação de lista tríplice para a escolha
de dirigentes das instituições federais de ensino durante o período da
emergência de saúde pública de importância internacional decorrente da pandemia
da Covid-19”.
Essa MP é uma afronta à Constituição, que em seu Art. 207 versa:
“As universidades gozam de autonomia didático-científica,
administrativa e de gestão financeira e patrimonial, e obedecerão ao princípio
da indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão”
Urge que uma Ação Direta de Inconstitucionalidade – ADIN – seja,
imediatamente, impetrada no STF. Nós, como servidores públicos da educação, temos o dever de lutar contra essa atrocidade.
Desde que assumiu o cargo, o Bobo da Corte vem colecionando polêmicas,
praticando atos racistas, cometendo erros de português, atentando contra a
autonomia didática e científica do professor e divulgando fake news, mesmo
quando acha que não.
Em resposta, a UFRJ divulgou uma nota[i], na qual mostra que o Bobo da
Corte é um produtor de fake news. A União Nacional de Estudantes, também, deu uma boa
resposta: “Está chovendo protestos”.
O esporte favorito do Bobo da Corte, ao que tudo indica, é “Lançamento
de erros de português nas redes”. No patético vídeo, no qual o Ministro da
(des)Educação tenta produzir humor, ele
comete um erro crasso. Ele diz: “Haviam (SIC) emendas parlamentares de R$ 55
milhões para recuperar o museu...”. Senhor projeto
de ministro, o correto é “Havia”. Uma aulinha básica de português ajuda: o
verbo haver, no sentido de “existir” ou “ocorrer” é impessoal, ou seja, ele não
tem sujeito, logo não se flexiona. “Talquei”?
Peço ajuda ao filósofo Aquiles Arquelau, interpretado pelo saudoso Agildo
Ribeiro:
Mas, esse não foi o único erro de português que o ignóbil cometeu. Entre
os dias 25 de junho e 22 de agosto de 2019 – aproximadamente 2 meses – o Bobo
da corte cometeu 33 erros de português em sua conta no Twitter.
O analfabeto na língua portuguesa já escreveu “antessessores”; já
colocou crase onde não podia; já separou sujeito de predicado; não tem qualquer
noção sobre verbos transitivos e intransitivos; regência verbal e uso de
imperativo.
De quando em vez, surge uma alma bondosa para corrigi-lo e explicá-lo onde
está o erro, como foi o caso da brilhante jornalista, Vera Magalhães,
apresentadora do programa “Roda Viva”:
Mas, perdoe-nos, projeto de
Ministro, nós, professores de IFEs, estamos muito ocupados cuidando das
cracolândias nas nossas Instituições e, nelas fazendo balbúrdia, como você, do
alto da sua imbecialidade, disse:
“As universidades são caras e têm muito
desperdício com coisas que não têm nada a ver com produção científica e
educação. Têm a ver com politicagem, ideologização e balbúrdia. Vamos dar uma
volta em alguns campus (SIC) por aí? Tem cracolândia. Estamos em situação
fiscal difícil e onde tiver balbúrdia vamos pra cima”.
Por sinal, senhor Bobo da Corte, novamente você escorregou no
português. O plural de “campus” é “campi”, mas, acho que você não está
preparado para isso. Você teria que saber um pouco de latim. Aliás, caso
soubesse, não cometeria tantos erros crassos.
Pois é, Bobo da Corte, durante a pandemia, nós, servidores das IFEs, temos
feito muita balbúrdia no desenvolvimento de inúmeros projetos de respiradores
mecânicos, na produção de álcool em gel, na busca por novos medicamentos – que realmente
tem eficácia comprovada cientificamente – e na elaboração de estudos para
controlar a pandemia.
E você, Ministro da (des)Educação, o que tem feito? Ah, lógico, além de
se meter na área do terraplanista que dirige o Ministério das Relações
Exteriores? Sua postagem foi repugnante, racista, de tremendo mau-gosto e pode
nos prejudicar em relação ao comércio exterior com a China.
Saiba, Bobo da Corte, que a Mônica não gostou e chamou a Turminha para
um protesto nas muralhas da China em defesa do povo daquele país.
Inclusive, parece que o próprio Cebolinha está bolando um de seus “planos
infalíveis” para derrotar, dessa vez, você e não a Mônica. Mas, tenha certeza que o apoio de todos os servidores da educação, dessa vez ele será bem-sucedido.
Bobo da Corte, diferentemente de você, o ex-Ministro Eduardo Portella
do Governo Figueiredo – Ministro da Ditadura, “talquei” – foi mais defensor da
Universidade que você. O ex-Ministro, durante uma greve nas Universidades, proferiu
a sua mais célebre frase: “Eu não sou Ministro, eu estou Ministro”. Ah, mas
acho que você não está preparado para debater isso.
Senhor bobo da corte, você não está à altura de ocupar o cargo que
estás. Você é um ser abjeto e incompetente. Repudio veemente suas falas em
relação a Paulo Freire, que ainda é o autor brasileiro mais traduzido e mais
estudado no mundo. Sugiro que você leia a obra intitulada “Pedagogia do
Oprimido”, onde ele coloca toda a sua genialidade para fora. Por
favor, tome um banho de cultura antes de destituir Paulo Freire como Patrono da Educação. Não ofenda a nossa capacidade de pensar,
ensinar e combater fascistas como você.
Por favor, passe menos tempo nas redes sociais e tente construir algo
que o dignifique. Onde está o projeto da sua equipe para a educação? A Deputada
Federal Tábata é apenas uma, dentre milhões Brasil a fora, a lhe cobrar ações
para a melhoria da Educação Brasileira.
Muitos de nós sabem que seu real projeto é impor a ideologia fascista da
Rainha Louca no ensino e voltar a fazer com que a maioria dos estudantes nas
IFES seja composta por aqueles oriundos da elite brasileira. A sua relutância
em adiar o Enem (veja aqui) reflete, de maneira clara e cristalina, o seu
desejo de beneficiar a elite brasileira.
Bobo da corte, pode esperar, a sua hora vai chegar, vamos te
derrubar!
Precisamos combater com todas as nossas forças a autonomia das Instituições de Ensino. Precisamos combater a elitização das Universidades,
como outrora era o normal, antes dessa maldita MP. Precisamos arrancar esse ser abjeto da cadeira no
MEC, cadeira, aliás, que deveria ser ocupada por alguém mais letrado e não por um imbecil.
Nós, antifascistas, já conseguimos um apoio importante para combatê-lo.
Seu fim está próximo.
Está chovendo idiotas nesse governo
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