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quarta-feira, 10 de junho de 2020

Bobo da Corte, tire a mão da nossa Universidade!


Bobo da Corte, tire a mão da nossa Universidade!
Robson Matos


Do ostracismo vim, ao ostracismo voltarei!
(Weintraub 10:06)

O Bobo da Corte, desde que assumiu o Ministério da Educação, tem mostrado todo seu despreparo na condução da pasta. Ao longo deste texto mostraremos todas as sandices já cometidas pelo Ministro da (des)Educação ao longo de pouco mais de 1 ano à frente do MEC.

O Bobo da Corte desonra o posto outrora ocupado por nomes como Gustavo Capanema, Clóvis Salgado, Darcy Ribeiro, dentre outras inúmeras personalidades com forte conhecimento na Educação e/ou Cultura – até a redemocratização do Brasil, a Cultura fazia parte do MEC. Mesmo durante a ditadura, a principal cadeira do MEC foi ocupada por nomes que defendiam as Universidades, afinal, o Exército Brasileiro tem a sua formação baseada no iluminismo. A Rainha Louca, expulsa do Exército por atos terroristas, baseia-se no obscurantismo.

Talvez, por basear-se no obscurantismo e no negacionismo, a Rainha Louca ainda mantenha esse pária no MEC. O Bobo da Corte é um ser despreparado, desprezível, desrespeitoso – melhor parar por aqui. Falta-me um adjetivo único para descrever toda a repugnância por ele. O texto pode ficar muito grande se eu insistir em qualificá-lo completamente e adequadamente.

Não obstante todas as evidências que pairam sobre o Bobo da Corte, ele continua prestigiado pela Rainha Louca. Não ache aqui que o termo “prestigiado” tem o mesmo “significado” de quando usado no futebol. Ele está prestigiado no sentido de abalizado. O Bobo da Corte está se tornando um Emérito na República da Rainha Louca. Tanto que ele foi premiado com uma Medida Provisória – MP – para promover uma intervenção nas Instituições Federais de Ensino.

O texto da MP diz:

Não haverá processo de consulta à comunidade, escolar ou acadêmica, ou formação de lista tríplice para a escolha de dirigentes das instituições federais de ensino durante o período da emergência de saúde pública de importância internacional decorrente da pandemia da Covid-19”.

Essa MP é uma afronta à Constituição, que em seu Art. 207 versa:

As universidades gozam de autonomia didático-científica, administrativa e de gestão financeira e patrimonial, e obedecerão ao princípio da indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão

Urge que uma Ação Direta de Inconstitucionalidade – ADIN – seja, imediatamente, impetrada no STF. Nós, como servidores públicos da educação, temos o dever de lutar contra essa atrocidade.

Desde que assumiu o cargo, o Bobo da Corte vem colecionando polêmicas, praticando atos racistas, cometendo erros de português, atentando contra a autonomia didática e científica do professor e divulgando fake news, mesmo quando acha que não.


Em resposta, a UFRJ divulgou uma nota[i], na qual mostra que o Bobo da Corte é um produtor de fake news. A União Nacional de Estudantes, também, deu uma boa resposta: “Está chovendo protestos”.

O esporte favorito do Bobo da Corte, ao que tudo indica, é “Lançamento de erros de português nas redes”. No patético vídeo, no qual o Ministro da (des)Educação tenta produzir humor, ele comete um erro crasso. Ele diz: “Haviam (SIC) emendas parlamentares de R$ 55 milhões para recuperar o museu...”. Senhor projeto de ministro, o correto é “Havia”. Uma aulinha básica de português ajuda: o verbo haver, no sentido de “existir” ou “ocorrer” é impessoal, ou seja, ele não tem sujeito, logo não se flexiona. “Talquei”?

Peço ajuda ao filósofo Aquiles Arquelau, interpretado pelo saudoso Agildo Ribeiro:


Mas, esse não foi o único erro de português que o ignóbil cometeu. Entre os dias 25 de junho e 22 de agosto de 2019 – aproximadamente 2 meses – o Bobo da corte cometeu 33 erros de português em sua conta no Twitter.

O analfabeto na língua portuguesa já escreveu “antessessores”; já colocou crase onde não podia; já separou sujeito de predicado; não tem qualquer noção sobre verbos transitivos e intransitivos; regência verbal e uso de imperativo.


De quando em vez, surge uma alma bondosa para corrigi-lo e explicá-lo onde está o erro, como foi o caso da brilhante jornalista, Vera Magalhães, apresentadora do programa “Roda Viva”:


Mas, perdoe-nos, projeto de Ministro, nós, professores de IFEs, estamos muito ocupados cuidando das cracolândias nas nossas Instituições e, nelas fazendo balbúrdia, como você, do alto da sua imbecialidade, disse:

As universidades são caras e têm muito desperdício com coisas que não têm nada a ver com produção científica e educação. Têm a ver com politicagem, ideologização e balbúrdia. Vamos dar uma volta em alguns campus (SIC) por aí? Tem cracolândia. Estamos em situação fiscal difícil e onde tiver balbúrdia vamos pra cima”.

Por sinal, senhor Bobo da Corte, novamente você escorregou no português. O plural de “campus” é “campi”, mas, acho que você não está preparado para isso. Você teria que saber um pouco de latim. Aliás, caso soubesse, não cometeria tantos erros crassos.

Pois é, Bobo da Corte, durante a pandemia, nós, servidores das IFEs, temos feito muita balbúrdia no desenvolvimento de inúmeros projetos de respiradores mecânicos, na produção de álcool em gel, na busca por novos medicamentos – que realmente tem eficácia comprovada cientificamente – e na elaboração de estudos para controlar a pandemia.

E você, Ministro da (des)Educação, o que tem feito? Ah, lógico, além de se meter na área do terraplanista que dirige o Ministério das Relações Exteriores? Sua postagem foi repugnante, racista, de tremendo mau-gosto e pode nos prejudicar em relação ao comércio exterior com a China.


Saiba, Bobo da Corte, que a Mônica não gostou e chamou a Turminha para um protesto nas muralhas da China em defesa do povo daquele país.


Inclusive, parece que o próprio Cebolinha está bolando um de seus planos infalíveis” para derrotar, dessa vez, você e não a Mônica. Mas, tenha certeza que o apoio de todos os servidores da educação, dessa vez ele será bem-sucedido.



Bobo da Corte, diferentemente de você, o ex-Ministro Eduardo Portella do Governo Figueiredo – Ministro da Ditadura, “talquei” – foi mais defensor da Universidade que você. O ex-Ministro, durante uma greve nas Universidades, proferiu a sua mais célebre frase: “Eu não sou Ministro, eu estou Ministro”. Ah, mas acho que você não está preparado para debater isso.

Senhor bobo da corte, você não está à altura de ocupar o cargo que estás. Você é um ser abjeto e incompetente. Repudio veemente suas falas em relação a Paulo Freire, que ainda é o autor brasileiro mais traduzido e mais estudado no mundo. Sugiro que você leia a obra intitulada “Pedagogia do Oprimido”, onde ele coloca toda a sua genialidade para fora. Por favor, tome um banho de cultura antes de destituir Paulo Freire como Patrono da Educação. Não ofenda a nossa capacidade de pensar, ensinar e combater fascistas como você.

Por favor, passe menos tempo nas redes sociais e tente construir algo que o dignifique. Onde está o projeto da sua equipe para a educação? A Deputada Federal Tábata é apenas uma, dentre milhões Brasil a fora, a lhe cobrar ações para a melhoria da Educação Brasileira.


Muitos de nós sabem que seu real projeto é impor a ideologia fascista da Rainha Louca no ensino e voltar a fazer com que a maioria dos estudantes nas IFES seja composta por aqueles oriundos da elite brasileira. A sua relutância em adiar o Enem (veja aqui) reflete, de maneira clara e cristalina, o seu desejo de beneficiar a elite brasileira.


Bobo da corte, pode esperar, a sua hora vai chegar, vamos te derrubar!

Precisamos combater com todas as nossas forças a autonomia das Instituições de Ensino. Precisamos combater a elitização das Universidades, como outrora era o normal, antes dessa maldita MP. Precisamos arrancar esse ser abjeto da cadeira no MEC, cadeira, aliás, que deveria ser ocupada por alguém mais letrado e não por um imbecil.

Nós, antifascistas, já conseguimos um apoio importante para combatê-lo. Seu fim está próximo.



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