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segunda-feira, 22 de junho de 2020

A morte de George Floyd foi em vão para o Brasil?


A morte de George Floyd foi em vão para o Brasil?

Robson Matos


O brutal assassinato de George Floyd em Minneapolis (veja aqui) não foi capaz de mudar o Brasil!

Em mais um caso de violência policial contra negros, a PM-SP sufocou um jovem até que ele desmaiasse. Observe que após o rapaz ficar desacordado, o policial não tem a dignidade de verificar os sinais vitais dele, ou chamar o socorro médico.


A filha de George Floyd acredita que o pai mudou o mundo (“Dad changed the World”! – “Papai mudou o mundo”), mas ela ainda aprenderá que o Brasil não muda, em relação à violência policial!


Esse não foi o primeiro caso ocorrido esse ano no Estado de São Paulo. Um jovem foi espancado dentro de uma escola na Zona Sul de São Paulo em fevereiro desse ano. Uma semana atrás, um jovem é espancado pela polícia, também em São Paulo, depois de rendido. Isso para citar apenas dois dos mais “famosos”, digamos assim.


O Governador de São Paulo disse que a Polícia Militar do estado é muito bem treinada (será?) e que essas mortes são inadmissíveis. A cada morte ele repete a mesma ladainha. Ele disse que haverá um programa de re-treinamento. O que precisamos é que haja punições ao invés de apenas a remoção do policial, que usa de força desnecessária, para trabalhos internos.


O estrangulamento é um golpe condenável e há uma enorme pressão nos EUA para o banimento de seu uso por forças policiais. Em fevereiro do ano passado, um segurança de um supermercado levou à morte um jovem com essa técnica. A violência policial contra nossos jovens – na sua maioria negros, infelizmente – não está restrita ao estado de São Paulo e outros casos já foram filmados no Distrito Federal e na Bahia. Mais denúncias são necessárias! Precisamos expor essa brutalidade e gritar por justiça!



O Rio de Janeiro, talvez seja o estado com o maior número de vítimas da polícia, em função da política genocida de “tiro na cabecinha” imposta pelo Governador Wilson Witzel. Inclusive, Witzel comemorou, como se tive marcado um gol, a morte de um cidadão, aparentemente com problemas psicológicos, na Ponte Rio – Niterói. João Pedro, um jovem de 14 anos, foi assassinado em uma operação policial e na casa onde ele estava contou-se mais de 70 marcas de projéteis.


Ainda no Rio, na noite de 28 de abril, um policial atirou contra um motorista que estava indo entregar uma cesta básica a um amigo, que passa por necessidade. Um policial atirou contra ele, aparentemente, sem qualquer justificativa. O policial, então, justificou-se informando que havia sido atacado a tiros por bandidos. Hoje, o RJTV (Rede Globo) obteve imagens mostrando que o crime cometido pelo Leandro, pelo que se depreende das imagens, foi trafegar em sentido proibido em via pública.


O morador do Rio, ou qualquer um que esteja visitando a cidade, deve prestar muita atenção na sinalização de trânsito! Ao que parece, a política de segurança pública do Witzel é “atirar na cabecinha” de quem trafegar em sentido proibido!

Devemos ser muito honestos no que se refere à ascensão política meteórica do ex-juiz Wilson Witzel. O Governador, para tentar se eleger, adotou o mesmo discurso de ódio da Rainha Louca. O verbo “matar” sempre foi conjugado com muita maestria pelo Presidente. Esse discurso de ódio, destilado com muita frequência pela Rainha Louca, está contaminando toda a sociedade. Já vimos o “grupo de 10% de 300”, cuja a líder e terrorista está presa (veja aqui), imitando a Ku Klux Khan. Temos assistido ataques a profissionais de saúde, ao STF e agressões físicas a profissionais que exigem o uso de máscara. Em um desses casos, em um supermercado no Paraná, Uma mulher perdeu a vida e ela se quer estava envolvida na discussão.



Muitos brasileiros entendem o racismo como natural e desprezam os nossos irmãos negros com muita naturalidade.



Essas pessoas, em função do constante incentivo da Rainha Louca para a transgressão da Constituição, se esquecem que estão cometendo crime de racismo. Elas se baseiam, equivocadamente na liberdade de expressão, todavia, a liberdade de um termina quando começa a do outro (veja aqui).


Está faltando um pouco de empatia à sociedade brasileira (veja aqui). Alguns brasileiros se acham acima da lei. É o caso do Bobo da Corte Fujão (veja aqui), do bombeiro paulista que se recusa a usar máscara, do neto de uma senhora de 83 anos que não viu no decreto que a máscara deve ser usada no rosto e tantos outros por esse país. Todos desafiam as autoridades e não conseguem se colocar no lugar do outro. Parecem estar seguindo o exemplo da Rainha louca, que só demonstra empatia pelos seus filhos, seus amigos e por militares. Por acaso a Rainha Louca visitou algum enfermo ou compareceu ao funeral de alguma vítima pela Covid-19? Até onde eu sei, o Presidente compareceu apenas ao funeral de um paraquedista morto em acidente!



A violência policial está entranhada na sociedade brasileira de tal forma que está nos anestesiando a ponto de calarmos e assistirmos impassíveis a tudo isso.


A falta de empatia impede que a sociedade brasileira se revolte e se levante contra o racismo, contra o extermínio de nossos jovens e por tantas atrocidades sendo cometidas por esse desastroso Governo.

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