A morte de George Floyd foi em vão para o Brasil?
Robson Matos
O brutal assassinato de George Floyd em Minneapolis (veja aqui) não foi capaz de
mudar o Brasil!
Em mais um caso de violência policial contra negros, a PM-SP sufocou um
jovem até que ele desmaiasse. Observe que após o rapaz ficar desacordado, o
policial não tem a dignidade de verificar os sinais vitais dele, ou chamar o
socorro médico.
A filha de George Floyd acredita que o pai mudou o mundo (“Dad changed
the World”! – “Papai mudou o mundo”), mas ela ainda aprenderá que o Brasil não
muda, em relação à violência policial!
Esse não foi o primeiro caso ocorrido esse ano no Estado de São Paulo.
Um jovem foi espancado dentro de uma escola na Zona Sul de São Paulo em
fevereiro desse ano. Uma semana atrás, um jovem é espancado pela polícia,
também em São Paulo, depois de rendido. Isso para citar apenas dois dos mais “famosos”,
digamos assim.
O Governador de São Paulo disse que a Polícia Militar do estado é
muito bem treinada (será?) e que essas mortes são inadmissíveis. A cada morte ele repete a mesma ladainha. Ele disse que haverá
um programa de re-treinamento. O que precisamos é que haja punições ao invés de
apenas a remoção do policial, que usa de força desnecessária, para trabalhos
internos.
O estrangulamento é um golpe condenável e há uma enorme pressão nos
EUA para o banimento de seu uso por forças policiais. Em fevereiro do ano
passado, um segurança de um supermercado levou à morte um jovem com essa
técnica. A violência policial contra nossos jovens – na sua maioria negros,
infelizmente – não está restrita ao estado de São Paulo e outros casos já foram
filmados no Distrito Federal e na Bahia. Mais denúncias são necessárias! Precisamos expor essa brutalidade e gritar por justiça!
O Rio de Janeiro, talvez seja o estado com o maior número de vítimas da
polícia, em função da política genocida de “tiro na cabecinha” imposta pelo Governador Wilson
Witzel. Inclusive, Witzel comemorou, como se tive marcado um gol, a morte de um
cidadão, aparentemente com problemas psicológicos, na Ponte Rio – Niterói. João
Pedro, um jovem de 14 anos, foi assassinado em uma operação policial e na casa
onde ele estava contou-se mais de 70 marcas de projéteis.
Ainda no Rio, na noite de 28 de abril, um policial atirou contra um
motorista que estava indo entregar uma cesta básica a um amigo, que passa por necessidade. Um policial atirou contra ele, aparentemente, sem qualquer justificativa. O policial,
então, justificou-se informando que havia sido atacado a tiros por bandidos.
Hoje, o RJTV (Rede Globo) obteve imagens mostrando que o crime cometido pelo
Leandro, pelo que se depreende das imagens, foi trafegar em sentido proibido em via pública.
Devemos ser muito honestos no que se refere à ascensão política meteórica do ex-juiz Wilson Witzel. O Governador, para tentar se eleger, adotou o mesmo discurso de ódio da Rainha Louca. O verbo “matar” sempre foi conjugado com muita maestria pelo Presidente. Esse discurso de ódio, destilado com muita frequência pela Rainha Louca, está contaminando toda a sociedade. Já vimos o “grupo de 10% de 300”, cuja a líder e terrorista está presa (veja aqui), imitando a Ku Klux Khan. Temos assistido ataques a profissionais de saúde, ao STF e agressões físicas a profissionais que exigem o uso de máscara. Em um desses casos, em um supermercado no Paraná, Uma mulher perdeu a vida e ela se quer estava envolvida na discussão.
Essas pessoas, em função do constante incentivo da Rainha Louca para a
transgressão da Constituição, se esquecem que estão cometendo crime de racismo.
Elas se
baseiam, equivocadamente na liberdade de expressão, todavia, a liberdade de um
termina quando começa a do outro (veja aqui).
Está faltando um pouco de empatia à sociedade brasileira (veja aqui).
Alguns brasileiros se acham acima da lei. É o caso do Bobo da Corte Fujão (veja aqui), do bombeiro
paulista que se recusa a usar máscara, do neto de uma senhora de 83 anos que não viu no decreto que a máscara deve ser usada no rosto e tantos outros por esse país. Todos desafiam as autoridades e não
conseguem se colocar no lugar do outro. Parecem estar seguindo o exemplo da
Rainha louca, que só demonstra empatia pelos seus filhos, seus amigos e por
militares. Por acaso a Rainha Louca visitou algum enfermo ou compareceu ao
funeral de alguma vítima pela Covid-19? Até onde eu sei, o Presidente compareceu apenas ao funeral de um paraquedista morto em acidente!
A violência policial está entranhada na sociedade brasileira de tal
forma que está nos anestesiando a ponto de calarmos e assistirmos impassíveis a
tudo isso.
A falta de empatia impede que a sociedade brasileira se revolte e se
levante contra o racismo, contra o extermínio de nossos jovens e por tantas
atrocidades sendo cometidas por esse desastroso Governo.
Muito bom!
ResponderExcluirPrecisamos enfrentar o racismo.